Após algum tempo sem postar estamos de volta com a série "História dos Games!" dessa vez estamos trazendo a 2ª geração de consoles que marcaram a historia por seus clássicos jogos. Então vamos começar!
A segunda geração se inicia com este console. Lançado em agosto de 1976, o Faichild Channel F foi o primeiro videogame a utilizar CPU e cartuchos com memória ROM para executar os seus jogos, além disso, ele era capaz de reproduzir até oito cores simultâneas na tela (os PONG’s da vida só reproduziam no máximo 4 e olhe lá), tinha uma resolução de 128x64 pixels e ainda possibilitava a interação homem x máquina (uma vez que os PONG’s sempre exigiam um segundo jogador).
O design do Fairchild era bem quadradão, e seu controle era no estilo “hand grip” e só servia para movimentação, e para ser puxado ou empurrado. O console ainda tinha um alto-falante interno que dispensava os da TV, e em 1978, seu relativo sucesso fez com que a Fairchild lançasse o Fairchild Channel F II. O console teve ao todo 26 jogos, mas sua forma de produzir jogos fez com que uma nova tendência no mercado fosse criada, possibilitando que empresas de terceiros (as conhecidas thirdie parties) pudessem também desenvolver jogos para os consoles, e isto é claro, trouxe muita concorrência, concorrência essa que começou a incomodar bastante a Atari, que resolveu acelerar os eu projeto Stella, fazendo nascer um console que marcaria a 2ª geração.
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Nolam Bushnell que já provara toda a sua capacidade na 1ª geração, contratou a Cyan Enigneering para desenvolver o próximo console da Atari, e o protótipo deste videogame chamado de Stella era equipado com uma CPU da MOS Technology: o 6502. Mas Bushnell foi surpreendido pelo lançamento do Fairchild Channel F, que já mostrava as capacidades de um console equipado com uma CPU. Logo, Nolan Bushnell se viu forçado à lançar seu “projeto Stella”, porém o dinheiro que a Atari tinha não era o suficiente, e as vendas do PONG estavam esfriando cada vez mais. E foi aí que Bushnell decidiu vender a Atari para a Warner por aproximadamente 28 milhões de dólares. Venda essa que possibilitou que o Stella saísse do papel e fosse lançado no mercado por US$ 199,00 sob o nome de Atari VCS (Vídeo Computer System)
O Atari VCS era vendido com dois controles e o jogo Combat. Tina 128 bytes de memória e 1,19 MHz de processamento, e sua placa de vídeo era superior à do seu concorrente Fairchild, do qual não demorou muito para que uma guerra entre os dois surgissem, resultando em vários cortes de preços de cada lado, e cessando de vez os consoles da 1ª geração, dos quais algumas de suas fabricantes chegaram até mesmo à falência. Mas mesmo com toda a experiência de Bushnell, o Atari VCS (do qual foi rebatizado de Atari 2600) encontrava inúmeros problemas de vendas em seus primeiros anos de vida, pois vendeu apenas 250 mil unidades no seu primeiro ano, e 550 mil no segundo. Estes problemas resultaram na demissão de Bushnell da Atari, empresa da qual ele mesmo fundou. E então sem Bushnell no comando, os empresários da Warner se sentiram como cegos no tiroteio, e acabaram tomando uma atitude um tanto perigosa: Disseram as Softhouses que eles deveriam publicar o que elas quisessem para o console, não importando o quão ruim fosse. A princípio, esta estratégia deu certo, e em 1979 o Atari 2600 já era o console mais vendido da geração com mais de 1 milhão de unidades vendidas só naquele ano, e jogos memoráveis entraram para a biblioteca de jogos do console, tais como Pacman, Keystone Kapers, Montezuma’s Revenge, River Raid, Enduro, Pole Position, Pitfall, Missile Command, Demon Attack e muitos outros (clique nos nomes para baixar o jogo aqui no Mundoemu). As softhouses realmente tinham muitas idéias, e tudo isso fez com que o console se tornasse um grande sucesso, chegando a ter vários comerciais de televisão.
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Fabricado pela Mattel, o Intellivision foi lançado justamente com a proposta de derrubar a Atari, e como cartas na manga ele tinha jogos de qualidade e excelentes campanhas publicitárias, das quais ressaltavam a sua superioridade sob o Atari 2600, sendo elas: melhores gráficos, resolução de 160X92 pixels, 16 cores e 8 sprites. Mas como não bastavam apenas os gráficos, o que os consumidores queriam mesmo eram jogos, e nisso o Intellivision não decepcionou. Várias conversões do Atari 2600 foram feitas com melhoras gráficas, e, além disso, o console ganhou clássicos dos árcades como Donkey Kong, Dracula, Burger Time, Pinball, Frogger e muitos outros, saltavam os olhos da galera.
Mas como nem tudo são flores, o Intellivison mesmo vendendo cerca de 3 milhões de unidades teve seus problemas. O principal deles foi o seu controle, que apesar de ter um visual bacana com um teclado numérico e um direcional em forma de disco capaz de reconhecer 16 direções e sensível à pressão, o controle não era nada ergonômico e ainda por cima quebrava muito fácil. Mas como tudo o que está ruim pode piorar, o Intellivision “recebeu” uma expansão que literalmente transformava-o em um computador pessoal, com direito a edição de textos, planilha e tudo mais. Um sonho de consumo, já que os computadores pessoais eram artigos de luxo na época. Mas o problema, é que a tal expansão jamais saiu do papel o qeu por sinal, frustrou muita gente. Logo depois, a Mattel lança mais outros dois acessórios. O primeiro deles foi o Intellivoice que era um sintetizador de voz que vendeu mais de 400 mil unidades, mas teve apenas cinco jogos com suporte nativo. O outro foi o Changer, e o quê que ele fazia? Pasmem, permitia que o Intellivision rodasse os jogos do Atari 2600, para poder fazer uso da sua vasta biblioteca de jogos. E foi em meio à todas estas promessas, acessórios, publicidade e jogos que o Intellivision fez seu relativo sucesso, sendo o que chegou mais perto da Atari, mas seu sucesso não durou muito, e em 1984 ele foi descontinuado.
Lembram da Coleco que venceu a 1ª geração com o seu TelStar? Pois é, em 1982 ela lançou o seu segundo console: O ColecoVision, com um processador de vídeo capaz de reproduzir 256x192 pixels de resolução, 32 sprites e 16 cores na tela. Todo este poder foi o suficiente para trazer bons jogos ao console como Donkey Kong, Galaxian, Antartic Adventure, Hero, Smurf Rescue in Gargamel’s Castle e Soccer foram exemplos de clássicos que o console teve, e que o fizeram vender mais de 1 milhão em seu primeiro ano de vida, se tornando a plataforma preferida das desenvolvedoras. Mas o problema mesmo, era que o ColecoVision foi lançado tarde demais, pois nesta época, o Atari já não fazia muito sucesso devido a vários jogos de qualidade duvidosa que inundavam o mercado, o que resultou no “crash” da indústria (do qual falarei mais tarde), o que fez com que os consumidores optassem mais pelos computadores do que os consoles, levando a Coleco à uma crise financeira, o que a fez vender seu nome e direitos à Telegames em 1984.
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Atari 2600, ColecoVision e Intellivision foram sem sombra de dúvidas, os únicos sucessos na segunda geração, o restante não passou de meros tiros que saíram pela culatra apenas na tentativa de superar o Atari 2600, e o Bally Professional Arcade, foi um deles. O console foi lançado em 1977, e prometia ser um console superior com o seu chip de 4Kb de memória e 4 canais de som. Além disso, seu marketing foi conduzido como se ele fosse um computador pessoal, possuindo até mesmo um cartucho de programação em basic, o que fez com que ele acabasse sendo vendido em lojas de informática, fazendo-o realmente com que ele parecesse muito superior. Tudo parecia perfeito quando o inesperado ocorreu. Todo o primeiro lote do console veio cheio de bugs, apresentando vários erros de software, frustrando os seus consumidores. Além disso, o design no console era assustador, seu controle mais parecia um detonador de bombas e os jogos eram versões parecidas com as do Atari, ou jogos inexpressivos e que quase ninguém conhecia. E para tentar melhorar a sua situação, a Bally então decidiu vender a divisão de produtos de consumo para uma empresa chamada Astrovision em 1980, e aos adquirir os direitos do console, rebatizou-o como Bally Computer System, e 1982, erbatizou o console mais uma vez sob o nome de Astrocade. A produção do console foi descontinuada em 1985 devido à crise na indústria.
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Pois é, e a obra de Ralph Bear? Teve frutos? Teve sim, mas seguindo a hereditariedade, o novo console da Magnavox, o Magnavox Odyssey 2, herdou os fracassos do seu antecessor. A começar pela campanha publicitária que prometia dar o que ele não tinha: Poder. O console tinha um processador muito lento, e os gráficos eram inferiores aos do Atari 2600, e logo sua campanha de publicidade acabou sendo algo do tipo “Infinitamente mais sofisticado do que os vídeo games comuns e arcades” Além disso, o Maganvox Odyssey 2 teve uma biblioteca de jogos mínima, sendo quase todos eles desenvolvidos por uma só pessoa: Ed Avarett, que desenvolveu 24 jogos para o console em 4 anos. O design do console era chamativo, pois vinha com um teclado embutido e tinha um controle bem parecido com os do Atari 2600, mas eis que a Magnavox decide lançar o periférico Voice Module, que deixava o console parecido com uma nave espacial e dava a idéia de incorporar recursos de voz ao console, mas diferente do Intellivoice da Intellivision, com o Voice Module você só podia ouvir pequenas frases com aquela voz sexy de sintetizador. E foi em meio à tantas promessas daquilo que ele não poderia ser, o Maganvox Odyssey 2 repetiu os mesmos erros do primeiro, e acabou sendo mais um grande fracasso da segunda geração.
Se os últimos consoles foram grandes fracassos, o Emerson Arcádia 2001, foi uma fracasso gigante. Seu hardware era interessante, e seus gráficos semelhantes aos do Atari 2600, mas ele foi lançado na hora errada. O ano foi justamente em 1982, e nessa época, se deu o início da quebra da indústria. Resultado de um péssimo conhecimento de mercado. Para piorar, seus jogos também não ajudaram muito, mesmo possuindo 51 jogos exclusivos, o console não conseguiu competir com a vasta biblioteca de jogos do Atari 2600, e logo após dois anos de vida, ele foi descontinuado, marcando o final da segunda geração.
Espero que tenham gostado e em breve voltaremos com a continuação da série e algumas novidades programadas.
Até a próxima!
1 comentários:
legal
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